12 plantas que não podem faltar em seu Jardim Aquático
O interesse pela flora aquática vem aumentando com a valorização do elemento água no Paisagismo. Vemos cada vez mais a inserção de espelhos d’água, lagos e piscinas biológicas nos projetos paisagísticos, o que nos leva a nos questionarmos: E as plantas? Sim! Elas estão presentes! Tanto dentro, quanto fora da água, naquela região encharcada que denominamos marginal ou palustre.
As plantas aquáticas são eterna fonte de fascínio daqueles apaixonados por plantas e jardins. E não é de se estranhar! Estão sempre verdes e com belíssimas surpresas durante o ano todo para nós privilegiados pelo clima tropical. Mas também são fonte de muitas dúvidas. “Que planta é essa?”,“Como plantá-la?” e “Que cuidados devo ter?”são apenas o começo.
Por isso, selecionei algumas espécies com suas características básicas e modo de cultivo, que com certeza não podem faltar em seu jardim aquático! Estão divididas nos seguintes grupos para facilitar a escolha na hora de usá-las: Marginais ou Palustres; Aquáticas Flutuantes Fixas; e Aquáticas Flutuantes Livres.
Marginais ou Palustres
As plantas marginais ou palustres são aquelas que se desenvolvem em solo encharcado ou sob pequena lâmina de água, condição encontrada nas margens de lagos e tanques. São elas que formarão a moldura do nosso jardim aquático, destacando a superfície d’água em meio à paisagem.
1. Chapéu de couro
Nome científico: Echinodorusgrandiflorus
Família: Alismataceae
Origem: Nativa do Brasil
Características e cultivo: Herbácea palustre, perene e rizomatosa, chega até a 2 m de altura, muito ornamental. Possui grandes folhas, de textura áspera, e inflorescências com flores brancas muito bonitas. É também uma planta medicinal utilizada para diversas finalidades na medicina popular. Deve ser cultivada em solos encharcados, a pleno sol ou meia-sombra.
2. Copo-de-leite
Nome científico: Zantedeschia Aethiopica
Família: Araceae
Origem: Originária da África do Sul
Características e cultivo: Herbácea palustre que atinge cerca de 80 cm de altura. Possui folhas basais muito ornamentais, de coloração verde-escura e inflorescência, também ornamental, com espata branca, disposta acima da folhagem. Ideal para ser cultivada às margens de lagos em tanques a meia-sombra.
3. Inhame-preto
Nome científico: Colocasia Esculenta Var. Aquatilis
Família: Araceae
Origem: Nativa da Ásia tropical
Características e cultivo:Herbácea palustre, perene, rizomatosa e estolonífera, de folhagem muito ornamental. É acaule e cespitosa, chegando a 1,5 m de altura. Suas belíssimas folhas têm um longo pecíolo e lâmina membranácea negro-arroxeada. Deve ser cultivada em solos encharcados ou dentro da água, sob pequena lâmina, a meia-sombra ou pleno sol.
4. Sombrinha-chinesa
Nome científico: Cyperus Alternifolius
Família: Cyperaceae
Origem: Nativa de Madagascar
Características e cultivo:Herbácea palustre, perene e rizomatosa, com porte que varia de 0,5 a 1,8 m de altura. Sua folhagem é muito ornamental, com várias hastes eretas com uma coroa de folhas verde-brilhantes no ápice. Ideal para formação de maciços às margens de tanques e lagos.
Aquáticas Flutuantes Fixas
As plantas aquáticas flutuantes fixas são plantadas no fundo do lago, onde suas raízes e rizomas se fixam, enquanto suas folhas alcançam a superfície da água. A profundidade de plantio varia muito com a espécie, por isso é sempre importante buscar conhecer mais sobre a planta que estamos cultivando!
5. Papoula-do-brejo
Nome científico: Hydrocleysnymphoides
Família: Alismataceae
Origem: Nativa das Américas
Características e cultivo:Herbácea aquática, rizomatosa e muito ornamental, tanto pelo efeito de suas folhas como flores. As folhas são ovais e brilhantes; as flores amarelas, formadas na primavera e verão. Ajusta-se facilmente a diferentes profundidades, desde 50 a 15 cm abaixo da superfície.
6. Trevo-aquático
Nome científico: Marsilea Deflexa
Família: Masileaceae
Origem: Nativa do Brasil
Características e cultivo: Pteridófita aquática, que possui folhagem flutuante delicada, semelhante ao trevo de quatro folhas. Reproduz-se muito bem vegetativamente através da liberação de novos brotos. Deve ser plantada diretamente no lodo do lago ou em algum vaso com substrato rico em matéria orgânica, numa profunidade de 50 a 10 cm.
7. Estrela-branca
Nome científico: Nymphoides indica
Família: Menyanthaceae
Origem: América e África tropicais
Características e cultivo: Herbácea aquática, rizomatosa e muito ornamental. Suas folhas são semelhantes às das ninfeias, porém em dimensões bem menores, com até 10 cm de diâmetro. Suas belas flores brancas e densamente pilosas são formadas na primavera e verão. Deve ser plantada no substrato sob uma coluna de água de até 40 cm a pleno sol ou meia-sombra.
8. Ninfeias
Nome científico: Nymphaea Spp.
Família: Nymphaeaceae
Origem: Distribuídas por todo o mundo
Características e cultivo:Herbácea tuberosa, aquática, de folhagem e florescimento muito ornamentais. Folhas grandes, orbiculares, coriáceas e brilhantes. As flores são grandes, solitárias, de diversas colorações: branca, azul, roxa, rosa e amarela. Devem ser plantadas no lodo ou em vasos, com pelo menos 30 cm de profundidade, e sob uma coluna d’água que pode variar de 30 cm a 1,0 m, conforme a espécie.
Aquáticas Flutuantes Livres
As plantas que ficam flutuando na superfície d’água e não necessitam de substrato para enraizar são conhecidas como plantas aquáticas flutuantes livres. É um grupo muito interessante que dá movimento ao jardim aquático, visto que mudam de posição conforme o movimento da água.
9. Camalotinho
Nome científico: Limnobium Laevigatum
Família: Hydrocharitaceae
Origem: Américas Central e do Sul
Características e cultivo:Herbácea aquática, flutuante livre ou enraizada, com folhagem muito ornamental. As folhas são elípticas com ápice arredondado, com a superfície inferior com bolsas de ar. As flores são de importância ornamental secundária. Deve ser cultivada livre na superfície de lagos, espelhos d’água ou tinas, a meia-sombra ou pleno sol.
10. Aguapé
Nome científico: Eichhorniacrassipes
Família: Pontederiaceae
Origem: Nativa do Brasil
Características e cultivo: Herbácea aquática, flutuante livre ou enraizada, com folhagem e florescimento muito ornamental. As folhas são emersas com pecíolos inflados e lâminas arredondadas. A inflorescência chega até a 15 cm com flores de coloração lilás a azulada, formadas no verão e outono.
11. Lombrigueira
Nome científico: Ludwigiahelminthorrhiza
Família: Onagraceae
Origem: Nativa do Brasil
Características e cultivo: Herbácea aquática, flutuante livre ou enraizada, com folhagem e florescimento muito ornamental. Apresenta flutuadores brancos, semelhantes a vermes; folhas verdes e brilhantes; flores solitárias, axilares, de cor branca, formadas quase o ano todo. Planta tropical muito vigorosa, que pode ser usada em lagos, espelhos d’água ou açudes. Sua manutenção deve ser periódica, realizando a poda de ramos a fim de evitar seu alastramento. Não tolera geadas.
12. Azolla
Nome científico: Azollafiliculoides
Família: Azollaceae
Origem: Nativa da América do Sul
Características e cultivo:Pteridófita aquática, delicada, com até 2,5 cm. Possui caule ramificado e numerosas raízes. Ideal para ambientes pequenos, como vasos, tinas e fontes, mas também em lagos maiores, desde que usada formando pequenos grupos. A meia-sombra possui coloração verde, enquanto que a pleno sol adquire coloração avermelhada. Essa espécie possui cavidades habitadas por cianobactérias, que fixam nitrogênio no meio. Deve ser feita a remoção do excesso de plantas na superfície da água sempre que necessário, principalmente no verão – época de maior crescimento.
Essas espécies são apenas um pouco do que existe no universo das plantas aquáticas, mas que com certeza tornarão nosso jardim aquático mais belo e com mais vida. Vale sempre lembrar que o manejo dessas plantas é fundamental. As plantas aquáticas, em sua maioria, são muito vigorosas e de rápido crescimento, por isso necessitam de podas e remoção do excesso de plantas constantemente.
Por Uli Suadicani
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