Kokedamas no Paisagismo

Kokedamas no Paisagismo 

Nos últimos anos a moda dos bonsais se espalhou muito mais do que se podia imaginar ao redor do mundo.

Para aqueles que nunca ouviram falar, bonsai (que traduzido significa “plantado em uma bandeja”) é uma técnica artesanal inicialmente chinesa e aperfeiçoada pelos japoneses, para cultivar arvores e arbustos em miniatura para representar a natureza.

Outra técnica que vem sendo conhecida e procurada por ser uma variação do bonsai, são as kokedamas (traduzida como “bola de musgo”).

Mas afinal, qual é a vantagem de cultivar bonsais e kokedamas?

Este tipo de ornamentação de jardins tem vários elementos interessantes. Por um lado, é um hobby mais simples e econômico e, por outro, é arte natural que poderia ser considerada ecológica, pois dispensa o cultivo das plantas em vasos.

Outra vantagem interessante é utilizar essas técnicas para decorar o seu espaço (seja ele seu quarto, sala, escritório, jardim e etc). As kokedamas por exemplo, são ótimas para se incluir em jardins verticais, elas são penduradas dando um aspecto bem original.

Além disso, elas podem ser expostas no paisagismo em cima de móveis ou pendentes (string gardens), e também serem utilizadas para aromatizar um canto da casa.

Como podemos utilizar essas plantas para aromatizar um ambiente?

Sabemos que entrar em um ambiente aromatizado nos trás a sensação de um local agradável.

De acordo com a aromaterapia, os estímulos do nosso cérebro variam de acordo com o nosso olfato, podendo trazer sentimentos diferentes e até ajudar em nossa saúde.

Neste caso, podemos combinar o paisagismo com as propriedades relaxantes que algumas plantas e ervas têm através do seu aroma, como o alecrim por exemplo.

Existem outras técnicas como o bonsai e as kokedamas?

No paisagismo podemos utilizar diversas formas de arte chinesa e japonesa, tais como: bonsai e shitakusa, nearai e kokedamas. Abaixo, veja algumas definições dos termos relacionados para o melhor entendimento:

Kusamono

Kusamono são tradicionalmente vasos de gramíneas selvagens e flores em vasos ou bandejas únicas. O nome é composto de dois caracteres japoneses – “grama” e “coisa” – que juntos sugerem humildes, plantas cotidianas ou mesmo ervas daninhas, no entanto, a arte do Kusamono se desenvolveu além de origens humildes. Ele determina a impressão do lugar e da estação, como um prado, um pântano ou as montanhas.

Shitakusa

Na mesma linha do Kusamono, Shitakusa é o termo que se utiliza para um bonsai companheiro, a planta complementar pode ser mais apropriada, já que shitakusa não é o foco dominante da apresentação. Pelo contrário, pretende-se completar a exposição do foco principal, que é um bonsai.

Nearai

Nearai refere-se ao plantio misto que foi cultivado em vasos e quando o recipiente está cheio de raízes é removido e exibido em um recipiente plano.

O objetivo desta técnica é mostrar as raízes que podem ser lavadas para um efeito mais dramático. Muitas vezes Shitakusa, Kusamono ou Kokedama podem e eventualmente se desenvolverão em Nearai.

Na casa cor de 2016, um projeto da paisagista Aline Matsumoto utilizou uma jabuticabeira de 1,60 suspensa por cabos de aço. Um projeto ousado levando em conta o porte da jabuticabeira e a necessidade hídrica que essa planta requer.

Muito bacana né?

Agora que você já conhece algumas espécies de plantas e técnicas, e descobriu as vantagens para usa-las em um lugar aconchegante, só falta soltar a imaginação e a criatividade para deixar seu ambiente completo com a presença de nossas queridas verdinhas.

Mas como devemos cuidar dessas plantas?

Na oficina de kokedamas que ministro, abordo diversas opções de criação de kokedamas bem como as técnicas de manutenção para que você possa ter os melhores resultados com suas criações e, ainda, diversificar seus projetos paisagísticos em ambientes planejados.

Vale muito a pena conferir, e você ainda pode tirar suas dúvidas e ver referências para o seu ambiente.

Por Mariana Grecovs

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