Hortas no paisagismo – a agricultura urbana a todo vapor

Hortas no paisagismo – a agricultura urbana a todo vapor

Você já sabe da importância de produzir o que consome?

Ter uma relação próxima com o seu alimento é vital para criar outra interface e iniciar uma mudança drástica em direção a novos modelos de produção e consumo alimentar.

Quando produzimos nosso próprio alimento, estamos colaborando de inúmeras formas com a sustentabilidade do planeta através da redução do consumo de combustíveis fósseis – o alimento não precisa percorrer grandes distâncias até chegar a nossa mesa; do combate ao o desperdício; da menor poluição da atmosfera; da produção livre de resíduo – já que o nosso alimento deixa de vir embalado. Os prós continuam em uma longa lista!

A nível pessoal, quando cultivamos nosso alimento também temos um impacto direto no bolso. Nossas idas aos supermercados vão diminuindo juntamente com o nosso gasto.

A horta em casa pode ser inserida em qualquer espaço e aproxima a família da natureza

E pensar que é preciso muito espaço para plantar o alimento, não é desculpa. Podemos cultivar hortas em varandas, jardineiras, paredes, embalagens reaproveitadas, etc.  A criatividade é quem manda, e o corpo agradece muito pelo alimento de qualidade e pela “horta terapia”, capaz de reduzir a insônia, stress, depressão e outras doenças modernas.

Quando pensamos no ambiente familiar, a horta é uma ferramenta para unir a família ainda mais e engajar as crianças nos cuidados com a terra.  Os pequenos se beneficiam muito deste contato com a natureza.

A falta de contato com a natureza tem um impacto muito forte na saúde das crianças.  Segundo o pesquisador Richard Louv: “Hoje, há muitos estudos mostrando que o contato com a natureza – ainda que pequeno e por pouco tempo – pode reduzir os sintomas da obesidade, transtorno de deficit de atenção e hiperatividade (TDAH), além de problemas cognitivos”.

O paisagista é o novo agricultor urbano

A produção de alimento em casa ou mesmo nas cidades pode ganhar proporções maiores no âmbito social. A profissão de agricultor urbano será uma demanda real até o ano de 2025, segundo varias pesquisas que abordam as PROFISSÕES DO FUTURO.

Para os profissionais ligados a criação e manutenção de espaços verdes, como paisagistas, arquitetos, biólogos, engenheiros, a pergunta é: você esta preparado para quando esse nicho de mercado estiver efervescente?

As pessoas estão cada vez mais interessadas em se reconectar a natureza a tendência é termos cada vez menos gramados nas casas cada vez mais espaços produtivos. O paisagismo funcional ou paisagismo comestível, como gostamos de chamar, é o futuro.

Hortas no paisagismo é tendência com alto impacto socioambiental

Como engenheiro ambiental, acredito na conexão entre a cidade e a natureza por meio da transformação do espaço físico. Vejo que a cidade se relaciona com seus habitantes como um organismo vivo, como um produto da natureza e das ações humanas. Por isso, busco promover em meus projetos uma maior integração do ser humano com a natureza, não só para trazer equilíbrio e qualidade de vida a nível pessoal, mas também a nível comunitário.

Desta forma, atuo há quatro anos implantando, projetando e compartilhando conhecimento e know how sobre a agricultura urbana e hortas no paisagismo tanto com o consumidor final, que quer ter alimentos frescos cultivados por ele mesmo ao alcance da mão, e também com empresas que acreditam na sustentabilidade como chave para engajamento e transformação da sociedade.

Você também pode ampliar seus conhecimentos sobre como inserir hortas em seus projetos de paisagismo no “Curso de Hortas e Plantas Comestíveis no Paisagismo” que desenvolvo juntamente com a Alvarenga Neto Academy. Um curso que traz além de conhecimentos técnicos aplicados a agricultura urbana, um novo olhar para o projeto de paisagismo.

Por: Bruno Macedo – Eng. Ambiental – Diretor da SUMMÁ Soluções Sustentáveis

Veja também a palestra Hortas Urbanas com Samantha e Conrado Squadrito no Canal do Conapa No YouTube clicando na imagem abaixo: